domingo, 23 de novembro de 2014

Subjetividade contemporânea

A expectativa diante de algo não exclui ou diminui a frustração.
Pensamos que somos muitas coisas, mas somos também aquilo que os outros dizem sobre nós. Nenhuma subjetividade é totalmente intima, pois uma grande parte dela é compartilhada.

Podemos conhecer as pessoas sem chegar perto delas? 

Gosto de refletir sobre o tempo debaixo de um céu nublado, e isso já é algo da minha personalidade. Perceber que nem tudo é simples demais para se entender com apenas algumas horas de reflexões, com a explicação de algumas teorias; algumas coisas também precisam ser sentidas. O meu modo de ser é um reflexo também de toda a minha história, de onde estou inserido, e das escolhas que decidir tomar e o que eu estou fazendo agora. A subjetividade não existe fora da cultura, e esta não influencia na criação de modos de ser, mas sim produz novas formas de existir.

Mas, se nada do que sou dependeu só de mim, por que ao longo deste texto repeti tantas vezes o Eu
São coisas abstratas, que mexem com a gente. Deixam-nos inquietos e vulneráveis a pensar no tipo de indivíduos que somos nestes tempos de hipermodernidade. 
Somos amantes do tempo, mas antes de tudo, amantes de nós mesmos. Mas os resultados de toda esta (des)ordem subjetiva nunca será de um indivíduo sozinho. 

Somos responsáveis pelos nossos atos, mas nunca agiremos sozinhos. Tem sempre um Outro em nossas cabeças, em nossos sentimentos e em nossas escolhas.

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